terça-feira, 28 de setembro de 2010

Sertão


Uma janelinha no meio do sertão.

Uma criança a chorar com o pão caído no chão.

Uma galinha na panela...


Um pé de arvore verdinha.

Um rio forte e caudaloso.

Um sol ardente.


Velhas senhoras, de mãos marcadas.

Velhas panelas que ali passaram mil galinhas.

O verde a sequidão, o retrato do sertão.


A fome.

A indignação.

O preconceito...

Dyegho Pessoa.

sábado, 25 de setembro de 2010

Nem tudo se compra


Em um lugar muito distante, vivia uma linda garota, dentes brancos como a neve, olhos verdes como as folhas das arvores e seus cabelos se comparam a mais pura seda chinesa, porem, seu coração amargo como fel, seu olhar malicioso e maléfico faziam os contrastes de beleza e crueldade.

Uma certa tarde sentada em baixo de uma arvore, observou os peões de sua fazenda, eles corriam de um lado para o outro, levando cavalos, comida e água. Outra tarde, a menina sentada na sua enorme mesa de jantar, observava suas criadas, sempre cuidadosas com a comida e com o vinho. Porem uma tarde ela viu no chão de um dos salões de sua mansão sua mãe, bordando com paciência e ela via crescer em sua mãe uma barriga e nela uma luz explodia deixando um enorme clarão. Essa menina era Margaret, meiga como uma flor e maléfica como um escorpião. Margo, como gostava de ser chamada, tinha uma vida regada de luxos e caprichos que seu pai a proporcionava.

Uma certa vez calopando pelos grandes pastos encontrou uma velha casa e resolveu ver quem morava ali,chegou de mansinho, abriu a porta e deparou-se com uma velha, que lhe perguntou o que deseja. Margo vendo que se tratava de uma velha bruxa soltou o seguinte pedido. - “Quero ter tudo que o dinheiro possa comprar, quero ter homens, mulheres, vestidos, quero fazer viagens pra lugares invejáveis e quero ter uma eterna beleza que todos me invejem e se humilhem perante a mim.”

Margo ganhou tudo que desejou e fez da bruxa sua companheira inseparável. Os anos se passavam, ela tornava-se a mulher mais rica de toda Europa e a mais devassa delas, seus servos eram tratados com crueldade e seu poder e dinheiro crescia cada dia mais, tinha homens que caiam aos seus pés e sua beleza parecia eterna. Um forte frio atingiu a região, sua amiga, confidente morreu de velhice e Margo começou a sentir na pele todo mal que causava.

Cinco anos depois, ela se via em perfeita decadência, seu poder, sua beleza, sua sensualidade foram enterrados com a velha bruxa, ela se via sem amigos, empregados fieis e sem um amor. Ela morreu debaixo de um pe de arvore e nele anos depois encontraram enterrados seus diários.


-“ 25 de março de 1225. “Hoje lendo debaixo de uma arvore vi uns peões trabalhando e percebi que um deles que tomou a atenção, seu olhar fixo, seus lábios carnudos me fez quere-lo para mim, porem o maldito me renegou, nunca fui de ser renegada, todos caem aos meu pés, porque ele não? O que será que tenho de errada? Não admito isso, sou perfeita, todos me desejam.

-“17 de abriu de 1278. “Hoje, no mesmo local de 53 anos atrás, admito que a...”

Seu diário final acaba com uma interrogação, ninguém sabe o que se passava na mente da bela e ma Margaret Escarlet.

Fogos e Encantos


Sua pele macia tocava meu corpo.

Seu olhar se fixava ao meu.

E seus lábios viam de encontro aos meus.

Minha vida se entrelaça com a sua.

Meus olhos te vêem como uma bela criança.

A minha criança!

Seus cabelos macios.

Seus pés frios.

Meus joelhos se dobravam perante teu corpo.

Das tuas mãos recebi uma flor.

Dos teus lábios um beijo.

E do teu corpo, o calor que me aquecia pela madrugada.

Dyegho Pessoa.

Duas Faces



Na calada da noite, ouvindo minhas musicas prediletas e “fuçando” o Orkut,entrei em uma comunidade, “Odeio Pobre”, levando na esportiva. Alguns dias depois voltei à mesma comunidade e fui verificar alguns post, porem me deparei com um grande preconceito que existe atualmente, li coisas horrendas que descriminavam pessoas menos desfavorecidas.

Pense comigo: o mundo da tantas voltas, somos seres à mercê do destino, não sabemos nada do dia do amanha, e se uma daquelas pessoas que criticam ficar pobre? Ou passarem fome? Creio que se envergonharam do que escreveram e do que pensaram. Ser pobre não e vergonha, se uma pessoa não tem condições de calçar um Prada ou vestir um Valentino não significa que seu caráter e inferior a aqueles que têm poder aquisitivo pra isso, muitas vezes ricos e famoso tem tudo que o dinheiro pode comprar, porem não tem amigos verdadeiros, familiares, e só se vêem rodeados de sanguessugas que só querem sugar o maximo do seu dinheiro.

Sua roupa ou teu calçado não mostra teu caráter, mais suas atitudes que te diferenciam. Alguém pode ser mais rico que você, e se te jogarem na cara isso, pergunte-o “Será que com todo teu dinheiro e feliz como eu sou?” A verdadeira resposta ele terá consigo mesmo.

Dyegho Pessoa.

Viver


Vivemos de emoções.
Vivemos de paixões. Vivemos com medo ser sentir emoções apaixonantes.

Vivemos com fome.
Vivemos pro espelho.
Vivemos com medo de crescermos perante o espelho.

Vivemos felizes.
Vivemos tristes.
Vivemos momentos de afeto e odio.

Vivemos e respiramos a vida.
Celebre cada momento da sua vida.

Dyegho Pessoa.