sábado, 25 de setembro de 2010

Nem tudo se compra


Em um lugar muito distante, vivia uma linda garota, dentes brancos como a neve, olhos verdes como as folhas das arvores e seus cabelos se comparam a mais pura seda chinesa, porem, seu coração amargo como fel, seu olhar malicioso e maléfico faziam os contrastes de beleza e crueldade.

Uma certa tarde sentada em baixo de uma arvore, observou os peões de sua fazenda, eles corriam de um lado para o outro, levando cavalos, comida e água. Outra tarde, a menina sentada na sua enorme mesa de jantar, observava suas criadas, sempre cuidadosas com a comida e com o vinho. Porem uma tarde ela viu no chão de um dos salões de sua mansão sua mãe, bordando com paciência e ela via crescer em sua mãe uma barriga e nela uma luz explodia deixando um enorme clarão. Essa menina era Margaret, meiga como uma flor e maléfica como um escorpião. Margo, como gostava de ser chamada, tinha uma vida regada de luxos e caprichos que seu pai a proporcionava.

Uma certa vez calopando pelos grandes pastos encontrou uma velha casa e resolveu ver quem morava ali,chegou de mansinho, abriu a porta e deparou-se com uma velha, que lhe perguntou o que deseja. Margo vendo que se tratava de uma velha bruxa soltou o seguinte pedido. - “Quero ter tudo que o dinheiro possa comprar, quero ter homens, mulheres, vestidos, quero fazer viagens pra lugares invejáveis e quero ter uma eterna beleza que todos me invejem e se humilhem perante a mim.”

Margo ganhou tudo que desejou e fez da bruxa sua companheira inseparável. Os anos se passavam, ela tornava-se a mulher mais rica de toda Europa e a mais devassa delas, seus servos eram tratados com crueldade e seu poder e dinheiro crescia cada dia mais, tinha homens que caiam aos seus pés e sua beleza parecia eterna. Um forte frio atingiu a região, sua amiga, confidente morreu de velhice e Margo começou a sentir na pele todo mal que causava.

Cinco anos depois, ela se via em perfeita decadência, seu poder, sua beleza, sua sensualidade foram enterrados com a velha bruxa, ela se via sem amigos, empregados fieis e sem um amor. Ela morreu debaixo de um pe de arvore e nele anos depois encontraram enterrados seus diários.


-“ 25 de março de 1225. “Hoje lendo debaixo de uma arvore vi uns peões trabalhando e percebi que um deles que tomou a atenção, seu olhar fixo, seus lábios carnudos me fez quere-lo para mim, porem o maldito me renegou, nunca fui de ser renegada, todos caem aos meu pés, porque ele não? O que será que tenho de errada? Não admito isso, sou perfeita, todos me desejam.

-“17 de abriu de 1278. “Hoje, no mesmo local de 53 anos atrás, admito que a...”

Seu diário final acaba com uma interrogação, ninguém sabe o que se passava na mente da bela e ma Margaret Escarlet.

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